16 de junho de 2010

Matar, eu matei, mas voltou!


   Gostaria de viver de novo todos os momentos, não só os momentos, mas principalmente viver junto àquelas pessoas. Queria que elas voltassem, assim como você voltou.
   Quando tudo se foi, você veio me confortar e por culpa sua me veio todos os cheiros e rostos, gostos e manias. Veio consigo a angústia, a tristeza, a dor que não foi pouca.  Doeu, rasgou, sangrou mesmo não havendo sangue. Também curou... Mas a cicatriz sempre reabre.
   Já não tenho condições e nem quero mais te acomodar. Dá próxima vez que vier, acomode-se no tapete, do lado de fora da minha vida. Será um incomodo, certamente, mas ao menos não me deixará em pedaços. E se o Acaso me perguntar de você, direi que está bem obrigada, mas sem a nostalgia, que sentiria anos atrás, do tempo que passamos juntos. De tanto querer te matar, acabei ficando presa à você, mas por favor, Saudade, não tente mais entrar.

Ps.: Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução.